Meta bloqueia links para Pixelfed, concorrente decentralizada do Instagram
Recentemente, a Meta tem gerado controvérsias ao bloquear links para o Pixelfed, uma alternativa descentralizada ao Instagram. A gigante da tecnologia está marcando links para o Pixelfed.social como “spam” e excluindo-os automaticamente no Facebook.
Mas o que está por trás dessa movimentação? Neste artigo, vamos explorar o que é o Pixelfed, as recentes ações da Meta e por que essa plataforma tem ganhado tanta atenção.
O que é Pixelfed?
O Pixelfed é uma plataforma de compartilhamento de imagens descentralizada, open-source e financiada pela comunidade. Ele funciona com base no protocolo ActivityPub, a mesma tecnologia que suporta redes federadas como o Mastodon. A plataforma oferece uma alternativa ética ao Instagram, com foco em privacidade, segurança e controle do usuário.
O servidor mais popular do Pixelfed, o Pixelfed.social, foi lançado em 2018, mas nas últimas semanas experimentou um aumento significativo no número de usuários. Esse crescimento se deve, em parte, às mudanças de política da Meta, que têm gerado insatisfação entre os usuários.
Bloqueio de Links pela Meta
Tudo começou com uma denúncia no Bluesky, feita pelo usuário AJ Sadauskas, que relatou que links para o Pixelfed estavam sendo deletados automaticamente no Facebook.
A equipe da 404 Media também realizou testes e confirmou que os links para o Pixelfed.social eram excluídos imediatamente após serem postados.
Essa atitude gerou críticas à Meta, especialmente porque o Pixelfed tem se posicionado como uma alternativa viável para quem busca mais controle sobre seus dados e privacidade online.
Por que o Pixelfed está ganhando popularidade?
Nos últimos dias, o Pixelfed viu um aumento impressionante no número de inscrições, coincidindo com dois fatores principais:
1. Mudanças polêmicas na Meta: A Meta anunciou que flexibilizaria suas regras, permitindo que usuários chamassem pessoas LGBTQ+ de “doentes mentais”. Essa decisão gerou uma onda de indignação e levou muitos usuários a buscar alternativas mais inclusivas e éticas.
2. Avanços na plataforma: O Pixelfed anunciou recentemente o lançamento de seu aplicativo para iOS, programado para o final desta semana, o que torna a plataforma ainda mais acessível.
A declaração de princípios do Pixelfed
No fim de semana, Daniel Supernault, criador do Pixelfed, publicou uma “Declaração de Direitos e Princípios Fundamentais para Plataformas Digitais Éticas”. Essa carta aberta defende:
- Direito à privacidade
- Liberdade de vigilância
- Proteções contra discurso de ódio
- Segurança para comunidades vulneráveis
- Portabilidade de dados e controle do usuário
A declaração reflete a visão do Pixelfed de ser uma plataforma voltada para as pessoas, sem publicidade ou influência de grandes investidores.
A Visão de Daniel Supernault
Daniel Supernault deixou claro que o Pixelfed não será moldado por interesses comerciais. Em uma postagem no Mastodon, ele afirmou:
“O Pixelfed é para as pessoas, ponto final. Recusamos financiamento de venture capital (VC) e não injetaremos publicidade na plataforma.”
Essa postura ética tem atraído usuários insatisfeitos com as grandes redes sociais e interessados em uma experiência mais autêntica e segura.
O bloqueio de links para o Pixelfed pela Meta pode até dificultar o acesso à plataforma, mas também destaca a crescente demanda por alternativas mais éticas e descentralizadas.
Com princípios claros, foco em privacidade e uma base de usuários em rápida expansão, o Pixelfed se posiciona como uma opção interessante para quem deseja fugir do controle das gigantes da tecnologia.
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Fonte: 404 media
